OLIVENÇA
POESIA: "JORNAL DE NOTÍCIAS", 30-Junho-2007
TRADIÇÕES EM PERIGO
Como um oásis numa planície ardente
emerge Olivença no nosso caminho.
O Sol de Verão castiga-nos, quente,
sem dar descanso por um bocadinho.
Olhamos felizes o casario branquinho
e a nossa alma um aconchego sente;
do Alentejo está ali um pedacinho,
naquela terra está uma nossa semente.
Os rodapés pintados, na sua beleza,
fortalecem mais ainda a convicção
de estarmos no Alentejo, com certeza.
Aqui e além, uma nova construção
faz nascer em nós alguma tristeza,
perante o esquecimento da tradição...
Estremoz, 25 de Junho de 2007
Carlos Eduardo da Cruz Luna
Atitude!
14/Abr/2007 20:18
Quiseram que escrevesses noutra linguagem
que não a tua, Vicente Vieira Valério;
desse modo, também prestarias vassalagem
a novos tempos, e a um novo império.
Disseste que não; e que a coragem
não significava mudança de critério,
e que, para ele, era como uma mensagem
de que se cairia em soez adultério
Morreste, dizem, em situação de pobreza,
na tua Olivença, que tanto, tanto amaste,
em atitude de inigualável firmeza.
Deste a vida pela língua que falaste
desde que nasceste. Pela língua Portuguesa
que com inexcedível dedicação usaste.
(Homenagem a Vicente Vieira Valério, vereador da Câmara deOlivença, que se negou
a escrever as actas em castelhano,em 1805, e foi por isso "dispensado", morrendo
à míngua de recursos)
TRADIÇÕES EM PERIGO
Como um oásis numa planície ardente
emerge Olivença no nosso caminho.
O Sol de Verão castiga-nos, quente,
sem dar descanso por um bocadinho.
Olhamos felizes o casario branquinho
e a nossa alma um aconchego sente;
do Alentejo está ali um pedacinho,
naquela terra está uma nossa semente.
Os rodapés pintados, na sua beleza,
fortalecem mais ainda a convicção
de estarmos no Alentejo, com certeza.
Aqui e além, uma nova construção
faz nascer em nós alguma tristeza,
perante o esquecimento da tradição...
Estremoz, 25 de Junho de 2007
Carlos Eduardo da Cruz Luna
Atitude!
14/Abr/2007 20:18
Quiseram que escrevesses noutra linguagem
que não a tua, Vicente Vieira Valério;
desse modo, também prestarias vassalagem
a novos tempos, e a um novo império.
Disseste que não; e que a coragem
não significava mudança de critério,
e que, para ele, era como uma mensagem
de que se cairia em soez adultério
Morreste, dizem, em situação de pobreza,
na tua Olivença, que tanto, tanto amaste,
em atitude de inigualável firmeza.
Deste a vida pela língua que falaste
desde que nasceste. Pela língua Portuguesa
que com inexcedível dedicação usaste.
(Homenagem a Vicente Vieira Valério, vereador da Câmara deOlivença, que se negou
a escrever as actas em castelhano,em 1805, e foi por isso "dispensado", morrendo
à míngua de recursos)