quinta-feira, abril 25, 2013

CÃZOADA

Quando um cão é bem dentado,
não há ossos que o aturem!

Duarte Arsénio

Chiado Editora

Nota: A apresentação deste livro "VERSUS INTEMPORAIS"
           foi efectuada a 25 de Abril 2013 na CARREGUEIRA,
           concelho da Chamusca

terça-feira, abril 16, 2013

A FAMILIA

Tal como a planta que nos vem da terra
E que no ar se expande e frutifica,
Tal como a onda que tal força encerra
E quando beija a areia, ramifica,

Tal como o pólen que na terra cai
E que em frutos e flores se desenrola,
Tal como a chuva que do céu se esvai
E tudo reverdece e tudo enflora,

Tal como o Sol que traí o brilho ao mundo
E enche o mundo de luz e alegria,
E canta e ri e vibra em tom jocundo,
Assim a vida, assim é a família,

Assim a vida, assim é a família,
Que se expande com amor profundo
Porque a sublima, exalta, ampara e guia.


 Anália Torres

quinta-feira, abril 11, 2013

O CANTO DOS CISNES...

Dizem que os cisnes cantam,
Só cantam para morrer...
Mas uma vez... outros cisnes
Cantaram para viver.

Foi num lago de águas mansas,
Águas puras, cristalinas...
Deslizaram como esp'ranças
Envoltas pelas neblinas.

Caprichos de amor são tantos,
Quem os pode compreender!...
Esta voz dos cisnes brancos
Ninguém a sabe entender!...

Em silêncio, mergulharam...
__Meu coração era o lago__
Como nuvens debandaram
Na aragem do meu afago.

Cisnes brancos __ lago azul,
Porque azul é a cor do Céu...
A brisa que vem do Sul
Tudo, em redor, envolveu.

Uma Princesa formosa
No lago se debruçou...
Logo o perfil duma rosa
Na água se desenhou.

Lago azul, parece um manto
Que tomaste a cor do Céu...
Ò cisnes __ o seu encanto
Até vos emudeceu!

Um sonho vi despertar
Nascido da esbelta flor...
Dois cisnes a deslizar
Felizes no seu amor.

Dizem-me que os cisnes cantam,
Só cantam para morrer...
Os meus cisnes quando cantam,
Só cantam para viver.

Os cisnes eram teus pés,
O lago __ meu coração...
Ninguém sabe quem tu és,
Princesa desta canção.

Não digam que os cisnes cantam
Num adeus para morrer...
Os meus cisnes quando cantam,
Cantam para adormecer!

Rogério Òscar da Mota Correia