terça-feira, setembro 23, 2008

À BEIRA DO MEU POÇO

À beira do meu poço
Não te debruces mais, que tenho medo
De perder o sossego desta água
De perder-lhe a pureza e o segredo...

No fundo há um astro a cintilar
_Uma gota de sangue a referver
Mas há olhos que o podem apagar
E que o não podem ver...

No frio desta água prisioneira
Perderias os teus olhos ideais.
sou um poço varado por um Astro
Não te debruces mais...

João Maia

domingo, setembro 14, 2008

MANDAR BEIJOS

Mandar beijos ou abraços
Para longe, é desatino;
Que perdidos nos espaços
Não chegam nunca ao destino.

Quer abraços ou quer beijos
Que não se dão de verdade,
São vagos, meros desejos
Que nascem duma saudade.

Eurico Neves

quarta-feira, setembro 10, 2008

IGREJA VELHA _ FAZENDAS DE ALMEIRIM


sexta-feira, setembro 05, 2008

SOLEDADE

Há muitas almas, nascidas
Em hora alegre e ditosa,
Que a vida passam, vestidas
De azul ou de cor de rosa.

Outras, porém, desgraçadas,
Da negridão do cipreste,
Nasceram já condenadas
Ao luto, que sempre as veste.

Fernandes Costa