MOIMENTO
Puseram a bandeira a meia-haste
E decretaram luto na cidade,
Responsos, coroas, círios __ quanto baste
Para iludir a eternidade.
Teve o nome nas ruas, em moimentos:
«Nasceu __ morreu __ tantos de tal __ Poeta»
Houve discursos graves, longos, lentos,
__ Venham todos os ventos
Do planeta !
Rasguem bandeiras, sequem flores; no céu
Se percam orações, paters e glórias
__ Tudo isso é dor que não lhe pertenceu __
Destruam as estátuas e as memórias;
Que os discursos inúteis vão dispersos . . .
__ A homenagem a um Poeta que morreu
É decorar-lhe os versos !
António Manuel Couto Viana
E decretaram luto na cidade,
Responsos, coroas, círios __ quanto baste
Para iludir a eternidade.
Teve o nome nas ruas, em moimentos:
«Nasceu __ morreu __ tantos de tal __ Poeta»
Houve discursos graves, longos, lentos,
__ Venham todos os ventos
Do planeta !
Rasguem bandeiras, sequem flores; no céu
Se percam orações, paters e glórias
__ Tudo isso é dor que não lhe pertenceu __
Destruam as estátuas e as memórias;
Que os discursos inúteis vão dispersos . . .
__ A homenagem a um Poeta que morreu
É decorar-lhe os versos !
António Manuel Couto Viana
1 Comments:
E de interregno em interregno passou um ano certinho desde a sua última publicação,
uma feliz coincidência deu-me a conhecer este excelente espaço de poesia.
Já o tê-lo adicionado à minha lista de blogues sim, foi DE-PROPÓSITO.
A Rosa dos Ventos e eu ficaríamos muito contentes e satisfeitas se o voltássemos a ver lá pelo nosso blogobairro.
Saudações blogueiras! :)
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