CIUMENTA
Fazes-me pena com os teus
queixumes,
Minha adorada e encantadora
amiga,
E no entanto perdoa que eu te
dia
São irrisórios esses teus
ciúmes.
Eu sou a flor dos solitários
cumes
Que a neve queima e o vendaval
fustiga,
À qual não chegam mãos de
rapariga
Nem desce a protecção dos altos
Numes.
E tens ciúmes duma
pequenita
Em cujos olhos leio a minha
sina
E é toda a luz da minha
solidão!
Porque te assusta o amor que lhe
dispenso?
Olha que Deus bondoso e em tudo
imenso,
Também me fez imenso o
coração.
Carlos de
Moraes
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