quinta-feira, maio 24, 2012

NOSTALXIA


Se o meu país e as cousas doutra edade
foran comigo como dentro as levo,
veríase a magarza e máis o trevo
xurdiren das regañas da cidade.
 
Se o meu país de clara lonxedade
viñera canda min como alto o enlevo,
a fonte amargue en que por veces bebo
recobraría un saibo que se evade.
 
Se o meu país de abertas chás que o vento
coma cabalo toleirán gallopa
viñera canda min a esta cidade,
 
ben puidera gozar un viño lento
que enchería de luz a miña copa
en troques do tristén e da saudade.
 
Darío Xohán Cabana

6 Comments:

Blogger CamilaSB said...

Ergo a taça e brindo
«as cousas doutra edade»
e também ao nosso país, que também é lindo...
Olá, Manuel...agradeço a visita, felicidades também para si, obrigada!
Gostei deste soneto... não conhecia,
as coisas belas não têm idade! Volte sempre, um beijinho!

6:00 da tarde  
Blogger GarçaReal said...

Belíssimo este poema.

As coisas lindas acontecem em qualquer altura.

Agradecida pela visita e um bom domingo

Bjgrande do Lago

2:41 da tarde  
Blogger © Piedade Araújo Sol (Pity) said...

inovador.

um beij

5:55 da tarde  
Blogger tulipa said...

Poema interessante!

Também eu, por vezes
bebo em fonte amarga...
...
Todos os dias alguém
me rasga a "alma"
todos os dias
cospem na minha vida!
...
Mas, eu vou à luta...
todos os dias
caminho para o trabalho
...faça sol ou faça chuva
porque depois
vem a recompensa:
umas férias de sonho!

Beijokas

1:58 da tarde  
Blogger DE-PROPOSITO said...

Um poema em galego

8:52 da tarde  
Blogger Carolina said...

Muito bello poema..
Um beijo.

1:32 da manhã  

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