A UMA FONTE
O que dirá a fonte, noite e dia,
correndo sem parar?
É dor ou alegria
o seu falar?!...
Se Margarida vai encher a bilha,
como inda hoje a vi,
_que encanto e maravilha!_
a fonte ri.
Se uma criança, um velho, um animal,
refrescam a garganta,
em notas de cristal
a fonte canta.
Mas, quando a turvam por maldade, é tanta
a mágoa que a devora,
que já não ri nem canta!
_a fonte chora.
Espínola de Mendonça
correndo sem parar?
É dor ou alegria
o seu falar?!...
Se Margarida vai encher a bilha,
como inda hoje a vi,
_que encanto e maravilha!_
a fonte ri.
Se uma criança, um velho, um animal,
refrescam a garganta,
em notas de cristal
a fonte canta.
Mas, quando a turvam por maldade, é tanta
a mágoa que a devora,
que já não ri nem canta!
_a fonte chora.
Espínola de Mendonça
2 Comments:
Mais um poeta de que nunca ouvi falar mas gostei.
Um abraço
Um estilo de poesia sempre actual. As modas passam, a verdadeira poesia, essa, fica. É o caso. Gostei muito.
Soledade Martinho Costa
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