FATALISMO
Leva-se a vida em ânsia mal contida
A esperar, a esperar qualquer quimera.
A nossa alma, fiel, não desespera
E os tempos vão-se loucos, de fugida...
E a acalentar, em toda a nossa vida,
A mesma esp'rança ideal que em nós impera,
É sempre na ansiedade que se espera
A chegada triunfal que é prometida.
Mas, para que esperar ansiosamente ?
O futuro dirá, quando presente,
Se nos traz só a Dor, ou a Alegria.
Espera, pois, que ele vem... E quantas vezes
Temos cruéis saudades dos reveses
Que foram do passado de algum dia !
Albertina Saguer
A esperar, a esperar qualquer quimera.
A nossa alma, fiel, não desespera
E os tempos vão-se loucos, de fugida...
E a acalentar, em toda a nossa vida,
A mesma esp'rança ideal que em nós impera,
É sempre na ansiedade que se espera
A chegada triunfal que é prometida.
Mas, para que esperar ansiosamente ?
O futuro dirá, quando presente,
Se nos traz só a Dor, ou a Alegria.
Espera, pois, que ele vem... E quantas vezes
Temos cruéis saudades dos reveses
Que foram do passado de algum dia !
Albertina Saguer