terça-feira, março 09, 2010

À FRAGILIDADE DA VIDA HUMANA

Esse baixel nas praias derrotado
Foi nas ondas Narciso presumido;
Esse farol nos céus escurecido
Foi do monte libré, gala do prado.

Esse nácar em cinzas desatado
Foi vistoso pavão de Abril florido;
Esse Estio em Vesúvios encendido
Foi Zéfiro suave, em doce agrado.

Se a nau, o Sol, a rosa, a Primavera
Estrago, eclipse, cinza, ardor cruel
Sentem nos auges de um alento vago.

Olha, cego mortal, e considera
Que és rosa, Primavera, Sol, baixel,
Para ser cinza, eclipse, incêndio, estrago.

Francisco de Vasconcelos

10 Comments:

Blogger La Gata Coqueta said...

El humo que sale de la fragilidad del ser humano que a veces ciega cual chimenea ardiente del Vesuvio en flor...

Una vez más un placer visitarte.

Ama a la naturaleza y las golondrinas volverán a posarse en el alero de tus ventanas dejandote las buenas nuevas...

Un abrazo

Marí

1:47 da tarde  
Blogger Mariazita said...

Francisco de Vasconcelos soube jogar muito bem com as palavras de modo a construir um belo soneto.

Obrigada pela visita ao "Lírios".

Mas, Manuel, reparaste no nome do "Ciclo" de poesia?
Os pensamentos pecaminosos estão de acordo... e até são bem inocentinhos :)))

Beijinhos
Mariazita

6:37 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Devido à fragilidade da vida humana, por vezes somos incompreendidos/as.

Espero que esteja tudo bem contigo, meu amigo Manuel.

Maria

2:39 da tarde  
Blogger La Gata Coqueta said...

Gaviota quisiera ser
trazando siluetas
en el azul del cielo
tornasolado.

Para acercarte
las ilusiones cultivadas...
intentando que
este fin de semana
sea más brillante
que el anterior.

María del Carmen

11:59 da manhã  
Blogger poeta_silente said...

Olá, Manuel.
Estou passando para te dar um "alô".
Não creio que sejamos isto que a poesia fala. Realmente, o nosso exterior nada vale, pois a matéria é corruptível. Mas nossa alma não envelhece. É só te dares conta de que, mesmo com teu corpo cheio de marcas que o tempo deixou, sentes tudo como se a juventude da matéria ainda estivesse presente. A própria "não aceitação" do nosso envelhecimento é a prova de que nosso verdadeiro "eu", nossa "alma" não envelhece.
Quando deixamos nosso eu envelhecer, então sim, podemos dizer que estamos no fim. E, para isto, não precisamos de idade nem de marcas no nosso corpo. Pois independe de tempo vivído. E é causado por falta de entendimento do verdadeiro significado da vida.
Deus te abençoe.
Abraços
Miriam

12:19 da tarde  
Blogger Dalinha Catunda said...

Olá Manuel,
A vida tem suas fragilidades mas a sabedoria consiste em enfrentá-la.
Adoro passar aqui para ler e reler sonetos. Adoro este tipo de poesia.
Um abraço,
Dalinha

10:16 da tarde  
Blogger fgiucich said...

Qué sería de la poesía sin la fragilidad del alma humana? Abrazos.

11:25 da manhã  
Anonymous aflordapele said...

Penso que será a fragilidade da vida e ao mesmo tempo, talvez de forma irónica por vezes, a sua força que dá origem a bela poesia...
Fica um beijo

7:31 da tarde  
Blogger Baila sem peso said...

O corpo pouco importa afinal
ainda que nos dê muito que fazer
um doce que nos dão matinal
carinho que nos fazem no anoitecer...

...soneto com que não me comprometo
ainda que seu dizer esteja correcto

meu beijinho completo :)

7:37 da tarde  
Blogger La Gata Coqueta said...

Aromas de lirios silvestres, y palabras en armonía con los colores de la primavera te acerco, para desearte un agradable fin de semana.

Dando paso dentro de breves horas, a la estación con mayor esplendor de todo el año.

Y la sosegada brisa
del valle que dormía
acerco a tu mejilla
un beso de despedida.

María del Carmen

1:33 da manhã  

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