O INFINITO
Aonde o corpo não vai _ projecta-se o olhar;
Onde pára o olhar _ prossegue o pensamento;
Assim, n'esse constante, eterno caminhar,
Ascendemos do pó, momento por momento.
Muito além da atmosfera e além do firmamento
Onde os astros, os sóis, não cessam de girar,
Há de certo mais vida e muito mais alento
Do que nesta prisão mefítica, sem ar...
Pois bem! se não me é dado, em vigoroso adejo,
Subir, subir... subir _ aos mundos, que não vejo,
Porém que um não sei quê me diz que inda hei-de ver,
_Quero despedaçar os élos da matéria:
Perder-me pelo azul da vastidão etérea...
E ser o que só é quem já deixou de ser!
Mucio Teixeira
http://pt.wikipedia.org/wiki/Múcio_Teixeira
Onde pára o olhar _ prossegue o pensamento;
Assim, n'esse constante, eterno caminhar,
Ascendemos do pó, momento por momento.
Muito além da atmosfera e além do firmamento
Onde os astros, os sóis, não cessam de girar,
Há de certo mais vida e muito mais alento
Do que nesta prisão mefítica, sem ar...
Pois bem! se não me é dado, em vigoroso adejo,
Subir, subir... subir _ aos mundos, que não vejo,
Porém que um não sei quê me diz que inda hei-de ver,
_Quero despedaçar os élos da matéria:
Perder-me pelo azul da vastidão etérea...
E ser o que só é quem já deixou de ser!
Mucio Teixeira
http://pt.wikipedia.org/wiki/Múcio_Teixeira