EM VILA VIÇOSA
(À memória de Florbela Espanca)
Senti, sob os meus pés, a terra quente
Que cantaste com zelo arrebatado!
O teu verso foi sempre chama ardente
De um terno coração apaixonado...
Senti, numa ternura comovente,
Que vibravas, uníssona, ao meu lado
Nesse Paço Ducal, sóbrio, imponente,
Que o meu olhar hauria deslumbrado,
Descuidada e feliz segui contigo,
Pelos campos de trigo, já ceifado,
Descansamos depois, pedindo abrigo
Á sombra dum sobreiro ensanguentado...
Numa curva da estrada __ muito branca __,
Tu disseste-me: «Adeus»... Florbela Espanca.
Lisette Villar de Lucena Tacla
http://pt.wikipedia.org/wiki/Florbela_Espanca
Senti, sob os meus pés, a terra quente
Que cantaste com zelo arrebatado!
O teu verso foi sempre chama ardente
De um terno coração apaixonado...
Senti, numa ternura comovente,
Que vibravas, uníssona, ao meu lado
Nesse Paço Ducal, sóbrio, imponente,
Que o meu olhar hauria deslumbrado,
Descuidada e feliz segui contigo,
Pelos campos de trigo, já ceifado,
Descansamos depois, pedindo abrigo
Á sombra dum sobreiro ensanguentado...
Numa curva da estrada __ muito branca __,
Tu disseste-me: «Adeus»... Florbela Espanca.
Lisette Villar de Lucena Tacla
http://pt.wikipedia.org/wiki/Florbela_Espanca