À ESPERA
Casinha branca, ao centro da paisagem,
Que em montes azulados se remata;
O Vouga ao fundo, em múrmure cascata,
Passa beijando a trémula folhagem...
Foi nessa reniotíssma paragem,
Que ouvi do berço a matinal volata...
_Nesga do céu, que a mente me arrebata!
_Terra santa de fulgida miragem!...
Lá me esperas, ó Mãe! doce velhina,
Que por mim rezas, suplice, à tardinha,
Lançando à estrada o olhar angustiado...
Santa! Eu só peço a última ventura,
De repousar, em rasa sepultura,
Junto da tua, _à beira do valado!
Albino Costa (Guimarães?)
Que em montes azulados se remata;
O Vouga ao fundo, em múrmure cascata,
Passa beijando a trémula folhagem...
Foi nessa reniotíssma paragem,
Que ouvi do berço a matinal volata...
_Nesga do céu, que a mente me arrebata!
_Terra santa de fulgida miragem!...
Lá me esperas, ó Mãe! doce velhina,
Que por mim rezas, suplice, à tardinha,
Lançando à estrada o olhar angustiado...
Santa! Eu só peço a última ventura,
De repousar, em rasa sepultura,
Junto da tua, _à beira do valado!
Albino Costa (Guimarães?)