O ORFÃO
!Vir ao mundo e não ter mãe!
Percorrer o mundo inteiro
Sem um lábio maternal
Que vos diga _ filho vem!... _
É como se forasteiro
Na própria terra natal.
!E dizer que havendo Deus.
Fonte de imensa piedade,
Há criancinhas sem berço,
E almas sem caridade!
!Ver os lírios das campinas
Todos cheios de alegria,
E tantas mãos pequeninas
Sem o pão de cada dia!
Ser orfão! !Não ter na vida
Aquilo que todos têm!
É como a ave sem ninho...
É qual semente perdida
Que, ao voltar do seu eirado,
O lavrador descuidado
Deixou tombar no caminho.
Guerra Junqueiro
Percorrer o mundo inteiro
Sem um lábio maternal
Que vos diga _ filho vem!... _
É como se forasteiro
Na própria terra natal.
!E dizer que havendo Deus.
Fonte de imensa piedade,
Há criancinhas sem berço,
E almas sem caridade!
!Ver os lírios das campinas
Todos cheios de alegria,
E tantas mãos pequeninas
Sem o pão de cada dia!
Ser orfão! !Não ter na vida
Aquilo que todos têm!
É como a ave sem ninho...
É qual semente perdida
Que, ao voltar do seu eirado,
O lavrador descuidado
Deixou tombar no caminho.
Guerra Junqueiro