O TEMPO, CAMINHEIRO ETERNO
Parar... parar, um dia só, um instante
Na vertigem do tempo em galopada,
Quando a luz da ventura é mais doirada
E a mocidade esplende triunfante!
Parar... parar, na hora perturbante
Dum sorriso de amor, ou na alvorada
Duma esperança ridente, modelada
Em oiro ardente, ou límpido brilhante!
Repousar num recanto de verdura
Feito dos dias de maior frescura...
Na carícia dum bem que nos conforte!
...E não ouvir do tempo a voz potente
No seu grito:_«Avante eternamente
Que na vida fugaz, parar... é morte!»
Candido Ribeiro
Na vertigem do tempo em galopada,
Quando a luz da ventura é mais doirada
E a mocidade esplende triunfante!
Parar... parar, na hora perturbante
Dum sorriso de amor, ou na alvorada
Duma esperança ridente, modelada
Em oiro ardente, ou límpido brilhante!
Repousar num recanto de verdura
Feito dos dias de maior frescura...
Na carícia dum bem que nos conforte!
...E não ouvir do tempo a voz potente
No seu grito:_«Avante eternamente
Que na vida fugaz, parar... é morte!»
Candido Ribeiro