UM DIA
Mais um dia passou, desceu ao Nada
!
Na voragem do tempo um grão de
areia.
Para a vida mais um laço da
cadeia
Que à Dor a prende sempre, amargurada
!...
A mais uma esperança condenada
!
Uma ilusão, talvez, de encantos
cheia,
Que a terra indiferente à dor
alheia
Na noite mergulhou, amortalhada
!
O tempo que é, no espaço indefinido
?
O minuto que passa,
decorrido,
No mistério dos mundos siderais
?
Do dia que passou que resta agora
?
Que resta do romper de cada aurora
?
Uma volta que a terra deu a mais
!...
Valentim da
Silva