NATAL
Sozinho na calçada, junto à grade
Da sumptuosa residência, a medo,
Contemplas,, no jardim, a alacridade
De um bando de petizes em folguedo.
Na árvore de Natal, que variedade
De enfeites, e de luz! quanto brinquedo!
Paira um sorriso de felicidade
Em cada rosto inocentinho e ledo.
Só tu, ante a alegria alvoroçada
Das crianças ricas, sem maldade e fel,
Pensas, a alma em tristezas mergulhada,
Olhando os trapos com que mal te cobres
«Porque será que o bom Papá Noel
Se esquece sempre das crianças pobres?»
Maria Nunes de Andrade
Da sumptuosa residência, a medo,
Contemplas,, no jardim, a alacridade
De um bando de petizes em folguedo.
Na árvore de Natal, que variedade
De enfeites, e de luz! quanto brinquedo!
Paira um sorriso de felicidade
Em cada rosto inocentinho e ledo.
Só tu, ante a alegria alvoroçada
Das crianças ricas, sem maldade e fel,
Pensas, a alma em tristezas mergulhada,
Olhando os trapos com que mal te cobres
«Porque será que o bom Papá Noel
Se esquece sempre das crianças pobres?»
Maria Nunes de Andrade