SONHO DE ARTE
Em horas de lazer, abençoadas,
Detenho-me a ouvir, no prédio em frente,
As vibrações dolentes, prolongadas,
Dum Pleyel que deleita a minha mente.
De Grieg. as frases ternas, delicadas,
Perpassam pelo ar, serenamente :
A Arte, e a Beleza, tão amadas,
Devem sorrir ali discretamente.
Penso em mansões de pálidas orquídeas
Nas obras de Mozart, de Rubens, Fídias,
Em cânticos de fontes ao luar...
_Ó Arte ! Ó beijo ! Ó santa claridade !
Envolto nessa tua suavidade,
Eu escuto... e cismo... e fico-me a sonhar...
Faustino dos Reis Sousa
Detenho-me a ouvir, no prédio em frente,
As vibrações dolentes, prolongadas,
Dum Pleyel que deleita a minha mente.
De Grieg. as frases ternas, delicadas,
Perpassam pelo ar, serenamente :
A Arte, e a Beleza, tão amadas,
Devem sorrir ali discretamente.
Penso em mansões de pálidas orquídeas
Nas obras de Mozart, de Rubens, Fídias,
Em cânticos de fontes ao luar...
_Ó Arte ! Ó beijo ! Ó santa claridade !
Envolto nessa tua suavidade,
Eu escuto... e cismo... e fico-me a sonhar...
Faustino dos Reis Sousa