sexta-feira, agosto 15, 2014

PAI E FILHA

Criança meiga e formosa
É quem serve ao pai de guia
Ninguém melhor do que Rosa
Um velho triste alivia.
     
O pai, um velho, já cego,
Desesperado da vida,
Só tem consolo e sossego
Amparado à filha qu'rida.
     
Servem os dois de modelo
N'aquela aldeia singela;
A filha no seu desvelo,
O pai nos amores por ela,
     
Não há quadro mais divino,
De tanta simplicidade,
Ele, o cego sem destino,
Ela, a santa caridade !
     
      Julio Baptista Ripado

4 Comments:

Blogger Elvira Carvalho said...

Que poema lindo.
Um abraço e bom feriado

12:08 da tarde  
Blogger anamar said...

Obrigada pela sua visita, Manuel.

Belo blogue poético.

Abraço e tudo de bom.

:)

10:41 da tarde  
Blogger Escritora de Artes said...

Um belo poema..

Obrigada pela visita

Abçs

10:52 da tarde  
Blogger ✿France✿ said...

Passe une belle journée MANUEL bise

6:26 da manhã  

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