segunda-feira, julho 14, 2014

FERNANDO GUIMARÃES

Que leve superfície ali tocavam
os pés, quando encontraram o suporte
sem peso deste vaso, onde passava
o rumor quase extinto de outra fonte
    
ao levantar o manto que foi água,
e assim ficará preso àquele círculo
de um gesto que se torna o início apenas
da noite em que se eleve agora a curva
    
dos joelhos vergados, o silêncio
que envolvera de novo a superfície
atravessada pelo mesmo impulso
     
de um amor mais secreto, desta súbita
vontade, quando fica em nós a extrema
nudez que pelas águas se perdia.
    
                                Fernando Guimarães

7 Comments:

Blogger Dalva M. Ferreira said...

Fernando Guimarães... bela poesia, profundíssima. Cada qual no seu estilo, todos trabalhando nas artes de fingimento completo. Um grande abraço e obrigada por visitar o meu blog de poesias.

12:34 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

•̃‿•̃✿

Un petit bonjour chez toi Manuel !

Merci pour ce beau partage !

Je t'embrasse bien FORT !!! :-) bon mardi
❀ ❀ ❀

9:52 da manhã  
Blogger Graça Pires said...

"o rumor quase extinto de outra fonte" está aqui neste belo poema de Fernando Guimarães.
Abraço.

11:40 da manhã  
Blogger © Piedade Araújo Sol (Pity) said...

uma boa escolha....

:)

2:18 da tarde  
Blogger Pérola said...

Uns pés que se perderam por fontes da fantasia.

belo!

beijo

10:29 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

º° º°。♡♡彡 Hello Manuel ! :o)

MERCI pour ce beau partage !!!!

Gros bisous d'Asie vers le Portugal ✿✿º°。

3:31 da manhã  
Blogger Sonhadora (Rosa Maria) said...

meu amigo

Mais uma bela escolha. Um poema simplesmente divino.

Um beijinho com carinho
Sonhadora

9:39 da tarde  

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