sexta-feira, julho 25, 2014

O FILHO PRÓDIGO

Aqui estou, Pai. Perdi-me.
Venho
de porcos grunhindo contra o sol.
     
Trago
as marcas da fome.
Como devorar sobejos
junto ao esterco?
Também lá dormi.
     
Trago na alma um pouco de sede.
     
Recebe-me como a um dos teus servos.
Podes recusar-me o cabrito e o anel.
Meu irmão não precisa queixar-se:
é dele também teu amor.
     
Deixa-me
o amor de minha mãe.
     
É por ela que vim.
     
        Armindo Trevisan 

 

8 Comments:

Blogger Laura Santos said...

Um poema notável de facto. De um autor que não conhecia.
Obrigada por dar a conhecer.
xx

10:41 da tarde  
Blogger helia said...

Um lindo Poema !
Obrigada pela partilha

7:47 da manhã  
Blogger Os olhares da Gracinha! said...

Bem interessante!
Gostei!

4:22 da tarde  
Blogger Ivone said...

Lindo poema, gostei de ler, aproveito e agradeço a sua visita lá no meu espaço!
Abraços!

9:53 da tarde  
Blogger Ame said...

Con ese "aquí estoy", se muestra una entrega serena de un alma que sabe darse al igual que sabe amar humildemente.
Gracias por tu visita a mi espacio.
Un saludo.

11:06 da tarde  
Blogger lichazul said...

retomando el camino
el perdón y la experiencia

gracias por tu huella
buena jornada Manuel

1:01 da manhã  
Blogger Graça Pires said...

Um poema muito belo e comovente...
Abraço.

11:26 da manhã  
Blogger chica said...

Lindo! Gostei de tua visita por lá! abraços,chica

8:24 da tarde  

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