sábado, novembro 06, 2010

TRAJECTÓRIA

Agora sei
que não sou mais
aquela
que bebeu leite
no peito de minha mãe.
_ a que tremeu de medo
pela escuridão
do velho quarto
e também
a que guardou
no segredo do amor
seu corpo
nas horas inteiras
só de um sonho...

Agora sei,
que não sou mais.

Porque o amor bate temporais
nas minhas veias,
e o tempo nasce luas
e árvores,
nos olhos comuns e fundos,
porque o meu corpo
é uma folha trémula e branca
desesperadamente pura,
sob a caligrafia firme
das tuas mãos
suspensas,

é que eu sei
que não sou mais
aquela.

Alda Lara

7 Comments:

Blogger Unknown said...

Uma boa escolha, grato pela partilha.

Abraço.

7:01 da tarde  
Blogger © Piedade Araújo Sol (Pity) said...

boa escolha!

beij

4:59 da tarde  
Blogger lichazul said...

interesante trabajo
felicitaciones a la autora Alda Lara

y para ti manuel un abrazo de paz
gracias por la huella

11:27 da tarde  
Blogger Adriana Alba said...

Gracias querido Manuel.

Que bella poesía nos has dejado.

Un fuerte abrazo.

11:52 da tarde  
Blogger Sandra Figueroa said...

Manuel, aunque no entiendo bien el idioma, es hermoso el poema, lleno de tu sentir. Un gusto leerte. Besos, cuidate.

5:33 da manhã  
Blogger Baila sem peso said...

Uma trajectória definida
desde o berço da vida...
e que aguarda um fim
sendo outra, como guarida...

Boa semanita Manuel
Obrigada pela partilha
Beijito

1:39 da tarde  
Blogger Patricia said...

Me gusto el poema, no la conocia pero es preciosa, sentirse como las velas azotadas por los temporales del amor. Lindo!
beijinhos,

3:36 da manhã  

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