FOLHAS
Tanta folhagem seca! Outono é fim!
O primeiro sono chega. Tudo acalma.
Como se a morte me tivesse a mim
Dando-lhe a graça de mais uma alma.
É ténue a luz do sol... pálida, enfim
A censurar a tarde breve e calma
A noite desce cedo... cobre assim
Todo o calvário do meu choro d'alma.
Apanhei uma folha... está cansada
Como se mesmo assim a madrugada
A tivesse beijado com paixão
Passei pelos meus dedos com carinho
Dizendo-lhe a lembrar... muito baixinho:
Que há beijos como ela pelo chão.
Maria José Veiga e Moura
O primeiro sono chega. Tudo acalma.
Como se a morte me tivesse a mim
Dando-lhe a graça de mais uma alma.
É ténue a luz do sol... pálida, enfim
A censurar a tarde breve e calma
A noite desce cedo... cobre assim
Todo o calvário do meu choro d'alma.
Apanhei uma folha... está cansada
Como se mesmo assim a madrugada
A tivesse beijado com paixão
Passei pelos meus dedos com carinho
Dizendo-lhe a lembrar... muito baixinho:
Que há beijos como ela pelo chão.
Maria José Veiga e Moura
9 Comments:
Que linda poesia, Manuel.
Aqui, começa a primavera. A luz está mais forte, as flores estão a encantar nossos olhos. Mas, acredita. É a primeira vez, na minha vida, que percebo que há poucas flores. Muito pouca, mesmo. Bom prestarmos atenção a este fato. E ao que está a acontecer pelo mundo.
Abraços, caro amigo.
Miriam
Obrigada pela visita.
Gostei muito do poema q.partilhou connosco.
Boa semana.
Beijo.
isa.
muito bonitoo...^^
Bello!!! Abrazos.
Um poema fantástico meu querido Manuel.....que me fez lembrar a ligeireza com que se corre pelas fazendas de Almeirim
Que doce...!!
Beijo meu
uma boa escolha.
um bom fim de semana!
beij
Mais um soneto de folhinhas de ouro
que tem no regaço o Outono em choro!
Mais um poema de luz tão calma
que nos enfeita e adorna a alma!
Um Outono cansado
em folhas deitado...
Beijinhos em suave semana
... lindo este poema! Transmite toda a melancolia que o Outono poisa em nós.
Abraço,
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