terça-feira, outubro 12, 2010

CASTIGO ETERNO

Na vida, em que após esta se há-de entrar,
_ Dizem livros em que é forçoso crer, _
Têm uns a eternidade do sofrer,
Outros, a eternidade do gozar.

Pena e prémio, do mal, e do bem-fazer,
Conforme Deus tiver de nos julgar;
Pena e prémio, em que eu só posso ver
Dois castigos, que ponho par a par.

A graça de viver, eternamente,
N'um mundo etéreo, em divinal transporte,
Por séculos sem fim, constantemente,

Não é dita, que exceda a humana sorte...
Ao menos, para esta, a mão clemente
Do Eterno, fez o Sono e fez a Morte !

Fernandes Costa

1 Comments:

Anonymous NELIA said...

ADOREI

12:24 da tarde  

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