sexta-feira, outubro 22, 2010

A FOLHA DO SALGUEIRO

Adoro essa mulher doce e formosa
Que à janela, a sonhar, vejo esquecida,
Não por ter uma casa sumptuosa
junto ao rio Amarelo construída...
_Amo-a porque uma folha melindrosa
Deixou cair nas águas distraída.

Também adoro a brisa do Levante,
Não por trazer a essência virginal
Do pessegueiro que floriu distante,
No pendor da Montanha Oriental...
_Amo-a porque impeliu a folha errante
Ao meu batel, no lago de cristal.

E adoro a folha, não por ter lembrado
A nova primavera que rompeu,
Mas por causa de um nome idolatrado
Que essa jovem mulher n'ela escreveu
Com a doirada agulha do bordado...
E esse nome... era o meu! _

António Feijó


6 Comments:

Blogger Unknown said...

Como sempre poemas *****-

Abraço e bom fds.

7:14 da tarde  
Blogger Baila sem peso said...

A folha do salgueiro bordada
pela jovem mulher apaixonada
teve como linda recompensa:
-Um poema, em doce presença!

tem tu amigo, também
um bom fim-de-semana
talvez sem chuvinha
que o céu não engana! :)

beijitos

10:27 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Excelente poema de António Feijó!
Como sempre... boas escolhas tuas.

Um bom fim de semana, Manuel.

Abraço amigo.

Maria

4:50 da manhã  
Blogger Blogadinha said...

"A nova primavera que rompeu"

A primavera que ressuscitou.
Mais dentro e verdadeiro.

Bom fim-de-semana.

5:52 da tarde  
Blogger fgiucich said...

Muy tierno, muy romántico... Abrazos.

2:55 da tarde  
Blogger La Gata Coqueta said...

¡¡Gracias amigo y para ti también!!

María del Carmen

4:54 da tarde  

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