CONFIANÇA
Canta e procura dar à voz
honesta
Uma força de pena ou de
alegria.
Espera. Crê. Resigna-te.
Confia.
Deixa de ver na vida a dor
funesta.
Ama quem te quer mal, quem te
detesta,
E, no abandono duma tarde
fria,
Goza a volúpia estranha da
agonia.
Duma rubra agonia cor de
festa.
Empresta ao teu destino incerto e
vago
O ritmo quieto dum mansinho
lago,
Onde se espelha a paz e a
esperança.
Pensa que Deus criou para teu
gôsto,
O sol, o fogo, o mar, um sonho, um
rosto,
Algum riso inocente de
criança.
Maria Antónia Teixeira
(filha)
6 Comments:
Isso é saber viver. Uma bela escolha! Abraço.
Parece que algo me chamou para ler este poema, que tinha tanto para me dizer!
Um abraço.
Lindo e encantador Poema !
Lindo e encantador Poema !
realmente uma boa trampa = à autora
Bonitas letras.
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