terça-feira, setembro 16, 2014

A PORTA FECHADA

Ninguém me convidou. Errei o meu caminho.
Agora que não sei regressar donde vim
deixo-me estar à espera a escutar sozinho
a música de um amor que não é para mim.
    
Estou aqui por engano, alguém vai descobrir
o embuste grosseiro que me serve de lar.
Estou à espera de quê?  Talvez seja o primeiro
a perder um caminho que não tinha lugar.
    
As palavras são outras, foi trocada a viagem.
Conheci a pobreza e paguei com poesia.
Mas alguém perguntou e eu não tinha passagem:
clandestino fiquei nesta sala vazia.
   
Ninguém me convidou. Errei o meu caminho.
Agora que não sei regressar donde vim
a música das esferas faz-me cantar sozinho
e este amor que não sei fez-se sombra de mim.
 
Luís Filipe Castro Mendes

8 Comments:

Anonymous Anónimo said...

(•ิ‿•ิ)✿
Coucou cher Manuel !!!

MERCI pour ce magnifique partage !

GROSSES BISES D'ASIE vers le Portugal et bonne continuation ! :o)

3:23 da manhã  
Blogger ✿France✿ said...

Passe une belle journée MANUEL bisous

8:44 da manhã  
Blogger © Piedade Araújo Sol (Pity) said...

por momentos erramos o nosso caminho, mas sempre regressamos ao lugar onde alguém nos espera.

uma boa escolha.

boa semana.

beijo

:)

11:44 da manhã  
Blogger gota de vidro said...


Caminhos errados, trilhos trocados quem os não tem?

O poema está fantástico. A rima , a profundidade ...Perfeito

Beijito da Gota

5:21 da tarde  
Blogger Cidália Ferreira said...

Boa tarde
Uns versos maravilhosos, adorei

Beijos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

7:27 da tarde  
Blogger Justine said...

Pela primeira vez no teu blog, pergunto-me quem serão estes surpreendentes poetas que publicas... heterónimos? Gente sem editora?
Fica a dúvida e obrigada pela visita ao meu "Quarteto"

7:31 da tarde  
Blogger hanna said...

A veces no vemos el camino correcto... muy bueno.

4:40 da manhã  
Blogger Arco-Íris de Frida said...

Gostei tanto, desses caminhos que nao sao os nossos... caminhos errados...

4:57 da manhã  

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