A PORTA FECHADA
Ninguém me convidou. Errei o meu
caminho.
Agora que não sei regressar donde
vim
deixo-me estar à espera a escutar
sozinho
a música de um amor que não é para
mim.
Estou aqui por engano, alguém vai
descobrir
o embuste grosseiro que me serve de
lar.
Estou à espera de quê? Talvez seja o
primeiro
a perder um caminho que não tinha
lugar.
As palavras são outras, foi trocada a
viagem.
Conheci a pobreza e paguei com
poesia.
Mas alguém perguntou e eu não tinha
passagem:
clandestino fiquei nesta sala
vazia.
Ninguém me convidou. Errei o meu
caminho.
Agora que não sei regressar donde
vim
a música das esferas faz-me cantar
sozinho
e este amor que não sei fez-se sombra de
mim.
Luís Filipe Castro
Mendes
8 Comments:
(•ิ‿•ิ)✿
Coucou cher Manuel !!!
MERCI pour ce magnifique partage !
GROSSES BISES D'ASIE vers le Portugal et bonne continuation ! :o)
Passe une belle journée MANUEL bisous
por momentos erramos o nosso caminho, mas sempre regressamos ao lugar onde alguém nos espera.
uma boa escolha.
boa semana.
beijo
:)
Caminhos errados, trilhos trocados quem os não tem?
O poema está fantástico. A rima , a profundidade ...Perfeito
Beijito da Gota
Boa tarde
Uns versos maravilhosos, adorei
Beijos
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Pela primeira vez no teu blog, pergunto-me quem serão estes surpreendentes poetas que publicas... heterónimos? Gente sem editora?
Fica a dúvida e obrigada pela visita ao meu "Quarteto"
A veces no vemos el camino correcto... muy bueno.
Gostei tanto, desses caminhos que nao sao os nossos... caminhos errados...
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