domingo, julho 14, 2013

PONTE

Por sobre a água corrente
Estava a ponte lançada
Era uma escada fechada
Em perfeição convergente.

Era o equilíbrio do espaço
Que se pretendia saltar
Era uma espécie de dor
Que se desejava anular.

Era o canto da instância
Numa vertigem do zero
Era não crer no que quero
Era aumentar a distância.

Francisco de Vasconcellos e Souza

2 Comments:

Blogger Elvira Carvalho said...

Gostei. Um abraço e um Santo Domingo

9:56 da manhã  
Blogger Baila sem peso said...

Era uma ponte matemática
que só sabia dividir
Era a lei da pouca ética
que só sabia destruir.

E assim vão os tempos
que nos causam lamentos
pontes que não dão passagem
e nos estragam a "viagem"...

Beijinho meu amigo Manuel e restinho de bom Domingo

8:09 da tarde  

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