NO EMBARCADEIRO DA VOLTA
Em Portugal, onde anda um sol que se demora
a diluir uma erosão crepuscular;
no embarcadeiro dos fantasmas a esticar
constantemente o coração que se evapora,
que busca a luz que vem de dentro para fora
e nunca a luz das coisas como são; no pomar
da árvore de ouro, nem a árvore agora
nem a outra, a ancestral cansada de durar;
em Portugal, lugar do velho escoadouro
de todo um continente, deste Ocidente inteiro,
terminal das paixões peregrinas primeiro
e enfim partida aos precipícios do vindouro,
é ali que toca ao coração do brasileiro
despedir-se de Europa e entender-se com o touro.
Bruno Tolentino
a diluir uma erosão crepuscular;
no embarcadeiro dos fantasmas a esticar
constantemente o coração que se evapora,
que busca a luz que vem de dentro para fora
e nunca a luz das coisas como são; no pomar
da árvore de ouro, nem a árvore agora
nem a outra, a ancestral cansada de durar;
em Portugal, lugar do velho escoadouro
de todo um continente, deste Ocidente inteiro,
terminal das paixões peregrinas primeiro
e enfim partida aos precipícios do vindouro,
é ali que toca ao coração do brasileiro
despedir-se de Europa e entender-se com o touro.
Bruno Tolentino
1 Comments:
Sei... é também a porta dourada.
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