SONETO
Quando, escondido em teu jardim florido
Te vi sair das águas murmurantes,
Postas as mãos nas pomas saltitantes,
Solto ao vento o cabelo humedecido:
E, sorrindo-te, o corpo enlouquecido
Reclinaste nas relvas ondeantes,
Dando-me assim aos olhos coruscantes
Uma estátua de mármore polido;
Não tive, como a santa Bíblia conta,
As idéias dos lúbricos juízes
Vendo a nua Susana, que se afronta.
Desejei-me nos bárbaros países
Dos canibais, e tive a idéia tonta
Do selvagem voraz: não te horrorises!...
João Penha
6 Comments:
Hola Manuel
Me gustó este soneto.
Saludos
um soneto que está muito bom.
um beij
Olá,Manuel!!
Um soneto intenso!
Gostei!
Beijos!
Lindo!
O que seria do amor sem o desejo?
Beijos e boa noite amigo Manuel!!
Carla
Olá, Manuel!
Claro que gostei de ler o soneto de João Penha!
Obrigada por partilhares aqui no teu espaço.
PS: Como vais e a tua familia?
Desejo- vos o melhor do mundo que é : A SAÚDE!
Beijo.
Gostei de ler.
Um abraço,
BShell
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