segunda-feira, novembro 14, 2011

SONETO

Quando, escondido em teu jardim florido
Te vi sair das águas murmurantes,
Postas as mãos nas pomas saltitantes,
Solto ao vento o cabelo humedecido:

E, sorrindo-te, o corpo enlouquecido
Reclinaste nas relvas ondeantes,
Dando-me assim aos olhos coruscantes
Uma estátua de mármore polido;

Não tive, como a santa Bíblia conta,
As idéias dos lúbricos juízes
Vendo a nua Susana, que se afronta.

Desejei-me nos bárbaros países
Dos canibais, e tive a idéia tonta
Do selvagem voraz: não te horrorises!...

João Penha

6 Comments:

Blogger Maria Bombones said...

Hola Manuel
Me gustó este soneto.
Saludos

11:39 da tarde  
Blogger © Piedade Araújo Sol (Pity) said...

um soneto que está muito bom.

um beij

7:13 da tarde  
Blogger Vivian said...

Olá,Manuel!!

Um soneto intenso!
Gostei!
Beijos!

3:21 da tarde  
Blogger Carla Fernanda said...

Lindo!
O que seria do amor sem o desejo?

Beijos e boa noite amigo Manuel!!
Carla

2:06 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Olá, Manuel!

Claro que gostei de ler o soneto de João Penha!

Obrigada por partilhares aqui no teu espaço.

PS: Como vais e a tua familia?
Desejo- vos o melhor do mundo que é : A SAÚDE!

Beijo.

3:51 da manhã  
Blogger BlueShell said...

Gostei de ler.

Um abraço,
BShell

9:08 da tarde  

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