FÁBULA ANTIGA
No princípio do mundo o Amor não era cego;
Via mesmo através da escuridão cerrada
Com pupilas de Lince em olhos de Morcego.
Mas um dia, brincando, a Demência, irritada,
Num ímpeto de fúria os seus olhos vazou;
Foi a Demência logo às feras condenada,
Mas Júpiter, sorrindo, a pena comutou.
A Demência ficou apenas obrigada
A acompanhar o Amor, visto que ela o cegou,
Como um pobre que leva um cego pela estrada.
Unidos desde então por invisíveis laços,
Quando o Amor empreende a mais simples jornada,
Vai a Demência adiante a conduzir-lhe os passos.
António Feijó
5 Comments:
Conhecia a lenda, mas não imaginava que existisse um poema sobre ela. Realmente há poetas muito talentosos.
Um abraço e bom fim de semana
Atentamente he venido a saludarte y desearte que la semana que comienza sea hermosa y llena de color, donde la ilusión te dibuje todo aquello que le sea un favorable acontecimiento para todos los que te rodean.
Un ramo de rosas dejaré en tus manos para que su aroma sea un referente de mi afecto hacia ti.
Te sigo y no te olvido puesto que los sentimientos no entienden del espacio tiempo, ni de las distancias.
TQ.
María del Carmen
Mais um agrado aos teus leitores...
Obrigada Manuel.
Uma boa semana para ti e todos os teus.
Beijo.
Gracias por compartir.
Besos desde el aire
Bom reler: a demência...acompanha, de fato, o amor!
Bj
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