SONETO
O grande trigueiral ondeia, basto,
A balouçar a espiga já madura,
E a brisa, pela coma, como um rasto
Deixa-lhe um leve sulco na espessura...
A lua desmaiada no céu vasto,
A deslizar naquela grande altura,
Já mostra pelo azul, o rosto casto
E até parece olhar-nos com ternura...
E o sol a descambar no olivedo,
Onde balança a asa d'um moinho,
Vai escondendo a face no arvoredo...
E parece dizer-nos _ adeusinho! _
E canta então mais alto o passaredo
E rescende mais vivo o rosmaninho...
Elva Serrão
8 Comments:
Que bonito....
"E até parece olhar-nos com ternura..."" E rescende mais vivo o rosmaninho..."
Belo...
Bj
BShell
Olá,Manuel!!
Que bela poesia!!
Encantada com a sensibilidade!
beijos!
Oi, amigo
Passei por aqui e encontrei um trigueiral.
Deus te abençoe
Abraços
Miriam
Belo soneto!
"E o sol a descambar no olivedo,Onde balança a asa d'um moinho,Vai escondendo a face no arvoredo...
E parece dizer-nos _ adeusinho!"
Estive muito tempo um pouco ausente dos meus blogs, estou tentando voltar.
Eloah
um soneto a cheirar a natureza e momentos...
Excelente. Não conhecia esta poetisa. Obrigada pela partilha.
Um abraço e bom fim de semana
Beleza de soneto! Quando à visita ao meu log, venho agradecê-la e ao comentário também. Sobre a amor, tens razão, mas quem convence disso um coração apaixonado?!
Bom domingo. Abraço.
Eloah
Manuel
Passando para agradecer a visita e ler um poema muito belo...não conhecia a poeta.
Voltarei mais vezes a esta seara de versos.
Um beijinho
Sonhadora
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