PREÂMBULO
Galopam cavalos
por dentro do sangue
Em dunas resvalam
a boca e as mãos
Crisparam-se as pálperas
Os dedos se inflamam
ao mais leve toque
na tua garganta
assim que de costas
te deito na cama
David Mourão Ferreira
por dentro do sangue
Em dunas resvalam
a boca e as mãos
Crisparam-se as pálperas
Os dedos se inflamam
ao mais leve toque
na tua garganta
assim que de costas
te deito na cama
David Mourão Ferreira
5 Comments:
Uma sensualidade contida neste belíssimo poema de David Mourão Ferreira. Foi bom lê-lo aqui.
Um beijo.
São assim os cavalos?
Beijinho doce
Um dos poetas que melhor "cantou" o amor no século XX, em minha opinião.
Metáfora, sob a forma de desejo "animal", de alto a baixo.
Bom fim de semana e felicidades, Manuel.
Es una hermosa metáfora el galopar de los caballos, la pasión es así posesiva y ardiente. Franziska
Mais um belo poema do David.
Estive por aqui e li.
Sucessos!
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