quarta-feira, junho 10, 2015

MENTIRA

Mente quem diz que a dor, enfim, esquece
no peito onde caiu uma amargura,
só porque um riso falso de ventura
vem aos lábios do triste que padece.
    
Dizem também que o mal nem sempre dura,
que o tempo tude extingue e desvanece.
Mas há mágoas tão grandes, que parece
que só podem findar na sepultura.
    
Os golpes tão profundos que a Desgraça
rasgou nos corações, por onde passsa,
deixam um sulco doloroso, infindo.
    
E ficamos chorando eternamente.
Mas, se, às vezes, sorrimos, de repente,
só Deus sabe o que estamos encobrindo.
     
                     Espínola de Mendonça

6 Comments:

Blogger Franziska said...

Hermoso soneto y es muy cierto que cuando sonreimos de repente solo Dios sabe lo que estamos descubriendo. Un abrazo de solidaridad desde España. Franziska

6:08 da tarde  
Blogger Graça Pires said...

Um belo soneto com o sentimento profundo de quem apenas acredita na verdade da vida...
Um beijo, amigo.

11:06 da manhã  
Blogger Sónia Micaelo said...

Muito belo!

Beijos e boa semana!

11:07 da manhã  
Blogger MARILENE said...

O riso não esconde a dor por muito tempo. E por ela passam todos os seres humanos. Uma grande escolha, pois o soneto é muito belo. Abraço.

4:02 da manhã  
Blogger © Piedade Araújo Sol (Pity) said...

um soneto que de mentira nada tem.

muito bom!

:)

9:41 da manhã  
Blogger *PoesiaseProsas* said...

Um soneto primoroso. Parabens. Aproveito o ensejo para agradecer-te a visita ao meu blog. Abraco.
Angela

10:47 da tarde  

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