REGRESSO
Minha aldeia, voltei! Avé Marias...
Teu crepúsculo de oiro até parece
que me canta , e me embala, e me adormece,
a florir a amargura dos meus dias...
Como a urze das tuas serranias,
poeta aqui nasci, sem que o soubesse...
E aqui __ visão de estrelas e de prece __
vi meu primeiro amor, quando me vias!
Minha aldeia, voltei! __ Anoiteceu...
Sobre o meu coração, como num ninho,
estendes a asa d'oiro do teu céu...
E ele dorme e sorri __ o abandonado! __
como dorme e sorri um passarinho,
sob a asa da mãe agasalhado...
Bernardo de Passos
Teu crepúsculo de oiro até parece
que me canta , e me embala, e me adormece,
a florir a amargura dos meus dias...
Como a urze das tuas serranias,
poeta aqui nasci, sem que o soubesse...
E aqui __ visão de estrelas e de prece __
vi meu primeiro amor, quando me vias!
Minha aldeia, voltei! __ Anoiteceu...
Sobre o meu coração, como num ninho,
estendes a asa d'oiro do teu céu...
E ele dorme e sorri __ o abandonado! __
como dorme e sorri um passarinho,
sob a asa da mãe agasalhado...
Bernardo de Passos
2 Comments:
Um poema que me remeteu para a minha infância na aldeia do meu avô...
Gostei imenso.
Um beijo, amigo.
É sempre uma bênção, voltar ao local da nossa infância.
Gostei do poema.
Um abraço e bom Domingo
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