domingo, março 15, 2015

SONETO

Quem te não teve, instante venturoso,
Entre nuvens cortado de fugida,
Por um límpido raio luminoso,
Que para sempre lhe doirou a Vida!

Deve ser cruelmente desditoso,
Quem n'alma não tiver a imagem querida
De alguém, de um simples sonho vaporoso,
Que a existência lhe torne apetecida!

Divino encanto, que jamais esquece,
Quem te não teve? Lastimosa e escura,
A alma triste, que te não conhece,

E a quem foi recusada tal ventura!
Ai, daquele, a quem nunca, em vida, desce
Em sonhos, a visão da formosura!


Fernandes Costa

3 Comments:

Blogger  said...

tienes un blog de poemas muy bonito
un gusto leerte, gracias por tu visita
abrazos para ti, Manuel

11:40 da manhã  
Blogger GarçaReal said...


Este soneto é de uma beleza fantástica.

Li e reli pois encantou-me

Bom domingo

Bjgrande do Lago

2:17 da tarde  
Blogger vieira calado said...

Andei por aqui a ler.
Fez boas escolhas!
Saudações poéticas!

5:05 da manhã  

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