SONETO DA HORA FINAL
Será assim, amiga: um certo dia
Estando nós a completar o poente
Sentiremos no rosto de repente
O beijo leve de uma aragem fria.
Tu me olharás silenciosamente
Eu te olharei também, com nostalgia
E partiremos, tontos de poesia
Para a porta de treva aberta em frente.
Ao transpor as fronteiras do Segredo
Eu, calmo, te direi: _Não tenhas medo
E tu, tranquila, me dirás: _Sê forte.
E como dois antigos namorados
Noturnamente tristes e enlaçados
Nós entraremos no jardim da morte.
Vinicius de Moraes
Estando nós a completar o poente
Sentiremos no rosto de repente
O beijo leve de uma aragem fria.
Tu me olharás silenciosamente
Eu te olharei também, com nostalgia
E partiremos, tontos de poesia
Para a porta de treva aberta em frente.
Ao transpor as fronteiras do Segredo
Eu, calmo, te direi: _Não tenhas medo
E tu, tranquila, me dirás: _Sê forte.
E como dois antigos namorados
Noturnamente tristes e enlaçados
Nós entraremos no jardim da morte.
Vinicius de Moraes
4 Comments:
uii.. forte.
beijinho***
Maravilhoso este soneto de Vinicius, que confesso envergonhada que não conhecia.
E como o sinto meu...o soneto...
Feliz dia,
Margusta
nao sei lidar muito com a morte, embora seja a coisa mais certa que existe.
o poema do vinicus é forte, não o conhecia.
deixo um beij
e a felicidade por aí..
Excelente soneto. Saludos!
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