sábado, outubro 10, 2009

ANTONIO NOBRE

Ó Virgens que passais, ao sol poente,
Pelas estradas remas, a cantar!
Eu quero ouvir uma canção ardente,
Que me transporte ao meu querido Lar.

Cantai-me, nessa voz omnipotente,
O Sol que tomba, aureolando o Mar,
A fartura, da seara reluzente,
O vinho, a Graça, a formosura, o luar!

Cantai! cantai as límpidas cantigas!
Das ruínas do meu Lar desaterrai
Todas aquelas ilusões antigas

Que eu vi morrer num sonho, como um ai...
Ó suaves e frescas raparigas,
Adormecei-me nessa voz ... Cantai!

António Nobre

6 Comments:

Blogger fgiucich said...

Ilusiones que se fueron perdiendo junto a la canción. Abrazos.

1:57 da tarde  
Blogger lichazul said...

místico y bello versar
gracias por compartir este texto con nosotros
felicitaciones a antonio nobre

4:29 da tarde  
Blogger Je Vois La Vie en Vert said...

Cantar é o que mais gosto de fazer !

Lindo o poema !

Beijinhos

Verdinha

7:08 da tarde  
Blogger Martinha said...

Laivos de simbolismo típicos no autor... :)

Gostei!
Fica bem Manuel.
Beijinho *

9:12 da tarde  
Blogger Marina Culubret Alsina said...

aquí en mi tierra decimos que "quien canta sus males espanta"

precioso poema...


abrazo soleado,

9:34 da manhã  
Blogger MENSAGENS AO VENTO said...

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Belíssimo soneto! Gosto muito de sonetos... Obrigada por compartilhar conosco!


Beijos de luz e o meu carinho...

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12:43 da manhã  

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