ANTONIO NOBRE
Ó Virgens que passais, ao sol poente,
Pelas estradas remas, a cantar!
Eu quero ouvir uma canção ardente,
Que me transporte ao meu querido Lar.
Cantai-me, nessa voz omnipotente,
O Sol que tomba, aureolando o Mar,
A fartura, da seara reluzente,
O vinho, a Graça, a formosura, o luar!
Cantai! cantai as límpidas cantigas!
Das ruínas do meu Lar desaterrai
Todas aquelas ilusões antigas
Que eu vi morrer num sonho, como um ai...
Ó suaves e frescas raparigas,
Adormecei-me nessa voz ... Cantai!
António Nobre
Pelas estradas remas, a cantar!
Eu quero ouvir uma canção ardente,
Que me transporte ao meu querido Lar.
Cantai-me, nessa voz omnipotente,
O Sol que tomba, aureolando o Mar,
A fartura, da seara reluzente,
O vinho, a Graça, a formosura, o luar!
Cantai! cantai as límpidas cantigas!
Das ruínas do meu Lar desaterrai
Todas aquelas ilusões antigas
Que eu vi morrer num sonho, como um ai...
Ó suaves e frescas raparigas,
Adormecei-me nessa voz ... Cantai!
António Nobre
6 Comments:
Ilusiones que se fueron perdiendo junto a la canción. Abrazos.
místico y bello versar
gracias por compartir este texto con nosotros
felicitaciones a antonio nobre
Cantar é o que mais gosto de fazer !
Lindo o poema !
Beijinhos
Verdinha
Laivos de simbolismo típicos no autor... :)
Gostei!
Fica bem Manuel.
Beijinho *
aquí en mi tierra decimos que "quien canta sus males espanta"
precioso poema...
abrazo soleado,
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Belíssimo soneto! Gosto muito de sonetos... Obrigada por compartilhar conosco!
Beijos de luz e o meu carinho...
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