quinta-feira, setembro 17, 2009

OUTONO

Recolhe-se a morrer a Natureza
O ar é fruto e mosto. Nos pomares
O moribundo Outono põe a mesa
E despeja o seu sangue nos lagares.

A Natureza expira; e, na tristeza
Da lenta morte que lhe vem dos ares,
Morre em paz, finda em sonho e em certeza,
Depois de abastecer todos os lares.

Anda na vida a lentidão do sono.
Maternalmente, as árvores fraquíssimas,
Mal sustentam o fruto. O inverno vem...

Assim expira o renascente Outono,
Em tardes que são mortes sereníssimas
De dias bons e que viveram bem.

Afonso Lopes Vieira

7 Comments:

Blogger poeta_silente said...

Meu amigo.
Como estás?
Eu gosto tanto do outono!!! Para mim, uma estação especial que me deixa tranquila, descansada.
Talvez por vir depois do Verão - que eu, realmente, não gosto nadica de nada.
Bjos
Deus te abençoe.
Miriam

3:41 da manhã  
Blogger Martinha said...

É por volta desta época que começa a surgir o outono: o cair das folhas, o sol mais escondido, dias mais curtos... É uma parte do ciclo da vida da Natureza, que se inicia por agora.
Neste momento, cá em Cádiz, o Outono parece tímido ao chegar, pelas pequenas brisas que se fazem sentir.
:P

Fica bem *

1:57 da tarde  
Blogger [ rod ] ® said...

Um outono de idéias e sabores... enquanto aqui a espera da primavera.

Abs meu caro,






dogMas...
dos atos, fatos e mitos...

http://do-gmas.blogspot.com/

10:39 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

hola, manuel, a los tiempos, amigo portugues; saludos desde el perú.




juan carlos guerrero/joao carlos guerreiro

2:50 da manhã  
Anonymous jo said...

É uma estação que me encanta não só pela suavidada das cores pastel como a serenidade dos seus dias. Pena serem tão curtos. Abraço

2:14 da tarde  
Blogger vieira calado said...

O Outono liricamente...

Um forte abraço

12:18 da tarde  
Blogger AnaM.M.N said...

Que bello soneto para esa melancolía que produce en el alma del poeta,el otoño.

Bellísimo.

Abrazos

4:23 da tarde  

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