A DANÇA DA ONDA
A onda dança na dança,
Na dança louca do mar,
Cheia de fogo e de esprança
Cresce em si mesma e avança
Pensando em não recuar.
E a onda
Redonda
Que nada detém,
Num bem que a estonteia,
Avança na areia
E vem!
Mas depois, perdida a esprança,
Põe-se a onda a recuar,
Morto o fogo, não avança...
A pobre onda já não dança
A dança louca do mar.
E a onda
Redonda
Triste como um ai,
Num mal que a estonteia,
Recua na areia
E vai!
E mais uma vez
Se torna a formar
A onda
Redonda
Na dança do mar...
E cobre as areias
Que a si se renderam
A renda da espuma
Tecida de bruma
Que os anjos teceram.
E a espuma
De bruma
Entrando na dança
Desvairada e nua,
Avança,
Recua,
Recua
E avança!
Tonto da ronda
Que o envolvia
Na onda
Redonda
Do mar,
O perfume salgado da maresia
No redemoínho da onda
Ficou também a dançar...
E os fortes braços
Da onda
__ Os braços fortes! __
Quebram-se em doidos abraços
De encontro às rochas doridas.
E a onda volta a ser onda,
Que já padeceu mil mortes
E renasceu em mil vidas!
E a onda
Redonda,
Triste como um ai,
Que nada detém,
Recua na areia,
Avança na areia,
E vem...
E vai...
E vai...
E vem!!!
Maria Helena Duarte de Almeida
(Maria Helena)
Na dança louca do mar,
Cheia de fogo e de esprança
Cresce em si mesma e avança
Pensando em não recuar.
E a onda
Redonda
Que nada detém,
Num bem que a estonteia,
Avança na areia
E vem!
Mas depois, perdida a esprança,
Põe-se a onda a recuar,
Morto o fogo, não avança...
A pobre onda já não dança
A dança louca do mar.
E a onda
Redonda
Triste como um ai,
Num mal que a estonteia,
Recua na areia
E vai!
E mais uma vez
Se torna a formar
A onda
Redonda
Na dança do mar...
E cobre as areias
Que a si se renderam
A renda da espuma
Tecida de bruma
Que os anjos teceram.
E a espuma
De bruma
Entrando na dança
Desvairada e nua,
Avança,
Recua,
Recua
E avança!
Tonto da ronda
Que o envolvia
Na onda
Redonda
Do mar,
O perfume salgado da maresia
No redemoínho da onda
Ficou também a dançar...
E os fortes braços
Da onda
__ Os braços fortes! __
Quebram-se em doidos abraços
De encontro às rochas doridas.
E a onda volta a ser onda,
Que já padeceu mil mortes
E renasceu em mil vidas!
E a onda
Redonda,
Triste como um ai,
Que nada detém,
Recua na areia,
Avança na areia,
E vem...
E vai...
E vai...
E vem!!!
Maria Helena Duarte de Almeida
(Maria Helena)
14 Comments:
Bon dia Manuel. Foi uma alegria saber que despertei o teu interese. Pasarei com mais calma para ler o que tem por aqui... adorei o principio e intuyo que tem muito que alimentara a minha sede de coisas bonita.
disculpa o meu portugues... faz muito tempo que nao o uso.
Um beijo enorme.
Oie meu amigo lindo! Fiquei encantada com o marulhar retratado por Maria Helena. Magnífico!
Beijos
Fantastico :)
Muy bonito poema Manuuel; Nosotros somos como las olas del mar, la vida nos lleva y nos trae torbellinos de acontecimientos, a veces buenos y otras no tanto.
Muchos besitos...
El mar siempre nos lleva entre sus olas como palabras llenas de amor.
Bikos!
Isso fez-me lembrar aquela musiquinha infantil:
"O mar enrola na areia,
ninguém sabe o que ele diz,
bate na areia e desmaia,
porque se sente feliz."
Gostei ;D
Beijo *
andas numa de ondas??? :) gostei da dança de palavras deste poema. bj
Recorrendo ao mar...aqui é feito uma descrição do ciclo da vida...avançamos, recuámos, tornámos a tentar...
um beijo
andas "perdido" pelo mar
a tua barca navega nas ondas
vai e vem nas ondas a dançar
noite após noite declama
dia após dia não escondas
as ondas da tua alma
abraço
luísa
Oi, Manuel. Sempre bom mergulhar nas ondas que você pesca tão bem.
Beijo.
Una hermosa alegoría de la ola danzante, aquella que llega a la playa con el ímpetu de cien caballos y mueren plácidament en la arena, para empezar nuevamente. Abrazos.
Te noto do mais marinheiro e nostalgico, espero que só seja o outono.
Que passes um bom fim de semana.
Beijinhos
Seguimos con el ritmo en tus poemas... el movimiento danzante que hipnotiza, que armoniza una ola.
Te deseo un bonito fin de semana Manuel :)
Fantástico... Até me sinto embalada nas ondas do mar!
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