CACHOEIRAS
Do alto penhasco as águas se descolam,
turbilhonantes, lúbricas, febris,
como alvas tranças que se desenrolam
sobre o dorso de luz dos alcantis.
E, em golfadas de espumas, caracolam,
como empurradas por titãs hostis,
num dilúvio de pérolas que rolam
pelos degraus sinfónicos, de lis.
Mordendo o solo, entre o arvoredo denso,
em tredas noites, a gemer, cansadas,
e a rir, do sol sob o esplendor imenso,
vão-se, através dos séculos austeros,
nesse giro eternal, sempre marcadas
pelo mesmo destino de Ashaverus !
Rita de Lara
turbilhonantes, lúbricas, febris,
como alvas tranças que se desenrolam
sobre o dorso de luz dos alcantis.
E, em golfadas de espumas, caracolam,
como empurradas por titãs hostis,
num dilúvio de pérolas que rolam
pelos degraus sinfónicos, de lis.
Mordendo o solo, entre o arvoredo denso,
em tredas noites, a gemer, cansadas,
e a rir, do sol sob o esplendor imenso,
vão-se, através dos séculos austeros,
nesse giro eternal, sempre marcadas
pelo mesmo destino de Ashaverus !
Rita de Lara
23 Comments:
Mais um bom soneto e mais um poeta que não conhecia.Consigo tenho enriquecido os meus conhecimentos sobre poetas.
Ah! dirá que é uma poetisa. Eu prefiro chamar-lhes poetas. Poetisa parece-me uma categoria menor. Coisas de v****.
Um abraço, e boa semana
Não conhecia esta autora...
Obrigada pela partilha
Fica bem
cnhço umas cachoeiras bem interessantes... bj
Não conheço Rita de Lara... Mas a leitura deste poema deixou-me com sede de mais... Deu-me a ideia de estar em tempos antigos...
Fica bem
Me robo ese sol espléndido, inmenso y bello.
Um abraco para tí y besitos!
Belíssimo!
Boa noite...
Bello y fresco como el aire de un arroyo.
Te dejo mi abrazo desde un Buenos Aires con mucha lluvía.
Um poeta que não conhecia. Mais um belo poema que tu divulgas.
beijinhos
Um soneto que bem ilustra a cacheira da vida
Serenos sorrisos
Não conhecia, mas confesso que gostei bastante, parabéns pela escolha!
Beijinhos:)
POema muito interessante. Morder o solo para construirmos as nossas vontades em cada passo que podemos dar.
Belíssimo poema.
Passando pra te deixar um beijo e bons desejos.
Bjs
.
Isso me lembrou a sinfonia daquelas águas atordoantes batendo nas pedras lá em baixo...
A água cristalina...
Será que existirá por muito tempo?
Adorei,
Beijo.
.
Não conhecia, mas que é um belo poema, é mesmo...bem haja pela partilha,
Doce beijo
Gracias amigo; no temo por mi, no temo a la muerte. Temo que ella, mi pequeño ángel diferente a todos, quede desamparada. Ella es distinta, tiene capacidades diferentes.
Un abrazo
Parabéns pela excelente escolha do soneto.
Eu respondi ao desafio que me fizeram de «um POST pela PAZ».
Também me refiro ao aniversário da minha netinha.
Beijitos.
Lindo poema..
Não conheço a Rita de Lara mas gostei muito de ler
Não conhecia a autora. Mas o poema é envolvente.
Bjos
(desculpa a demora)
Oi Manuel querido, como vais?
Muito bom este poema de Rita de Lara, poeta que nao conheco mas gostei do estilo.
Espero que estejas bem, eu mudei de apt, para uma casa num lugar onde ainda nao tem possibilidades de cabeamento da internet, nem previsao para tal. Entao estou indo numa Lan House 2 ou 3 vezes por semana so para ver os emails, sem possibilidades de atualizar meus blogs, pelo menos por ora.
Sempre que puder virei visitar os amigos.
Um beijao
Anna
El esplendor de los sentimientos explotando entre estas letras ...maravillosas que nos regalas.
Bikos.
Ola Manuel, tudo bem ?
Uma otima noite .
Abraços
Célia
Manuel, vir aqui é saborear do melhor das poesias. Hoje nos brinda com um soneto maravilhoso!
Beijos
Bonito soneto.
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