PERSEGUIÇÃO
O  que eu persigo não me podes 
dar:
     mas, ao ver-te, vislumbro a minha 
morte
     de perfil, contra o mar e o vento 
forte
     naquela tarde em que vieste 
amar-
     -me solitário, obsessivo e 
pobre
     O que eu persigo, impossível 
d'alcançar,
     és tu, nesse momento de dizer: 
«Conheço-te?.
     que tento eternizar a breve transe 
sobre
    a árvore na alta copa a 
clarear:
     «Morte, vem a meus braços: eu amo-te. eu 
amo-te !»
     O que eu persigo não se pode 
nomear:
     perfeitamente espírito em 
leque
     de cabra do deserto a 
tropeçar
     no sangue e a morrer de sede a 
saque
                    António Barahona da 
Fonseca
    


15 Comments:
O que eu persigo não me podes dar....Amazing!!!
Bem, o que eu preciso também ninguém me pode dar mas enquanto há vida, há esperança :)
Gracias por tu visita, una poesía con gran profundidad.
Saludos!
amar a morte?
Que lindo e profundo. Adorei!
Olá:
Bom...amar a morte para de seguida renascer.
Beijinho doce:)
Amigo é sempre muito bom para mim
ler poesia.
Desejo que o amigo se encontre bem.
Bom fim de semana.
Um abraço
Irene Alves
Não conhecia o poeta, obrigado pela partilha.
Um abraço
Maria
António Barahona da Fonseca é um excelente poeta. Foi bom encontrá-lo aqui, amigo.
Um beijo.
Olá Manuel,
Grata pela oportunidade desta preciosa leitura,
Poema belíssimo.
Grata também pela sua gentil visita e comentário
no meu blog.
Abraço e felicidades para você também!
António Barahona da Fonseca tem muito boa poesia, este poema deixa-nos a pensar, se bem que não é um dos meus preferidos do autor.
beijinhos
:)
que lindo. que sutil!
Belo poema!!
Bjs
Tânia Camargo
Gracias por este poema, bello y a la vez profundo.
Te dejo un beso y mi estima.
Se feliz.
O que eu persigo... sensações para a alma...
A matéria talvez não possa dar...
Boa continuação de semana.
Enviar um comentário
<< Home