domingo, abril 10, 2016

CASA ONDE EU NASCI

Era minha esta casa... Eu a conheço...
Janelas amplas... larga porta... a escada
por onde, em pensamento, agora desço
para ir sonhar à sombra da latada.

O laranjal cheiroso, o mato espesso...
o poço onde era a roupa bem lavada.
No pátio, bem no centro, eu não me esqueço,
a amendoeira por meu pai plantada.

Dava guarda ao portão um jasmineiro
que de flor se vestia o ano inteiro
e hoje está triste e velho como eu.

Casa velha! Deixaste de ser minha...
Assim, tudo que amei, tudo que eu tinha,
deixou, há muito tempo, de ser meu!

    
Lilinha Fernandes

19 Comments:

Blogger Elvira Carvalho said...

Gostei. Mas uma poetisa para eu pesquisar, pois não conhecia.
Um abraço e bom Domingo

8:59 da manhã  
Blogger Aninha Ferreira said...

e bom imaginar as coisas como eram... mas e pena quando deixam de ser nossas

2:29 da tarde  
Blogger CÉU said...

e por aí, tb.

e a vida faz-se de recordações.

11:57 da tarde  
Blogger Graça Pires said...

Um soneto magistralmente belo de Lilinha Fernandes. Obrigada por dar a conhecer.
Beijo.

2:13 da tarde  
Blogger MEU DOCE AMOR said...

Olá.

Ahhh!!! Fica a recordação...

Beijinho doce

4:37 da tarde  
Blogger Diana Fonseca said...

Tudo passa...

6:18 da tarde  
Blogger Maria Rodrigues said...

Sempre excelentes escolhas.
Meu amigo, recebi um prémio que circula na net e venho partilhá-lo consigo. A importância não está no prémio em si, mas sim no que ele representa, a criatividade, imaginação, inspiração, bem como as horas e dedicação que cada um, dedica aos seus blogues deixando neles um pouco de si.
Provavelmente já recebeu de outros amigos esta recomendação, mas fica também aqui o meu reconhecimento pelo mérito do seu blogue.
Um abraço
Maria

10:21 da tarde  
Blogger Maria José Rezende de Lacerda said...

Lindo soneto.

8:31 da tarde  
Blogger Maria José Rezende de Lacerda said...

Fez-me lembrar da casa de meu avô materno, em Minas Gerais. Ficou para trás, hoje são só lembranças.

8:32 da tarde  
Blogger © Piedade Araújo Sol (Pity) said...

um soneto muito belo, a lembrar tanta coisa que me assola...
vou pesquisar a Lilinha Fernandes.
abraço

:)

6:14 da tarde  
Blogger Ana said...

Muito bonito! Casa é onde nos sentimos bem.
Abraço

9:53 da tarde  
Blogger Marina-Emer said...

Gracias amigo por tu comentario ...
aquí tienes unos hermosos versos pero del todo no lo comprendí
feliz fin de semana
abrazos

9:44 da manhã  
Blogger Anita said...

Really beautiful beautiful poem!!Makes me dream back to my native town in spain again.thank you!!

4:09 da tarde  
Blogger Fran said...

Ora. Também passeio por aqui.
Belos poemas.
Felicidade a todos nós.

5:32 da tarde  
Blogger Rita Freitas said...

Tão bonito e singelo este poema. Adorei ler.

Bjs

8:17 da tarde  
Blogger Dalva M. Ferreira said...

Muito lindo. Com o tempo, vamos perdendo tudo aquilo que um dia pensamos que seria eterno. Eu sei do que falo...

4:02 da tarde  
Blogger Marina Filgueira said...

Es una preciosidad este soneto: abraza la nostalgia de un pasado que no vuelve.

Ha sido un placer pasar por este bello rincón poético.
Te dejo mi gratitud y estima.
Un beso y feliz domingo.

12:11 da tarde  
Blogger mariam [Maria Martins] said...

Excelente escolha :) Como sempre! Beijinhos

2:02 da tarde  
Blogger manuela barroso said...

E como dói ver o que tanto nos preencheu , ser como que o nosso próprio abandono !
Belíssimo
Beijinhos

2:45 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home