SOU EU
Sou alma, a poetisa d'alma misteriosa,
Sou a chuva que beija os telhados,
Sou o confessionário que lava os pecados,
Sou a boca rubra que se fechou silenciosa !
Não sabes quem sou, lágrima sequiosa !
Sou o bálsamo em cofres velados !...
Sou as tábuas velhas dos caixões chorados !
Sou enfeites áureos da alma dolorosa !
Sou o corpo frio da morte em tassalhos !
Sou o doce das quimeras, vivo além...
Sou toda asas, que dormem nos galhos !
Sou quem? Quem sou? Não sei, mas sou alguém !
Sou a que não vês, que dorme nos borralhos !
Sou eu... a mendiga... não sou ninguém !
São Torres de Amorim
Sou a chuva que beija os telhados,
Sou o confessionário que lava os pecados,
Sou a boca rubra que se fechou silenciosa !
Não sabes quem sou, lágrima sequiosa !
Sou o bálsamo em cofres velados !...
Sou as tábuas velhas dos caixões chorados !
Sou enfeites áureos da alma dolorosa !
Sou o corpo frio da morte em tassalhos !
Sou o doce das quimeras, vivo além...
Sou toda asas, que dormem nos galhos !
Sou quem? Quem sou? Não sei, mas sou alguém !
Sou a que não vês, que dorme nos borralhos !
Sou eu... a mendiga... não sou ninguém !
São Torres de Amorim
15 Comments:
Este é um soneto ao jeito de Florbela Espanca, no sentimento e na mágoa.
Beijo e bom ano.
Tão nostálgico e tão belo.
Um abraço
Maria
Belo!
Um bom ano, que seja feliz!
Abraço
Belíssimo.
Feliz 2016. Que este ano seja de muitas alegrias.
A nostalgia presente e abraçada à beleza.
Muito belo. Gostei
Bom fim de semana
Beijinho da Gota
A mendiga será sempre alguém.Mas é um soneto triste.
Mas muito bem escrito.
Abraço amigo.
Irene Alves
Nostálgico mas brilhante. Gostei muito.
Beijo
Precios versos, Manuel. Y te felicito por ello: y te dejo mi gratitud y mi estima.
Un beso y se muy muy feliz.
Gostei.
um beijinho e uma boa semana
Gábi
Pois seja
Ah que ser e não ser
E poder sempre mudar
E sabendo poetizar
Ahhh
Já vale um suspirar
Passei para deixar um abraço.
Maria
Olá Manuel
Ainda não o tinha visitado este ano.
Feliz 2016.
Que seja um ano de Paz, saúde e alegrias.
Por aqui, encontro um soneto triste, mas muito belo.
Parabéns!
vou tentando vir visitar os blogues dos amigos, aos sábados
mas, nem todas as semanas, consigo
...
cá estou hoje.
Nas minhas contas (caso não me engane) blogues são 6...
neste momento estão 3 activos
o filhote mais novo "Ano Sabático" faz no próximo dia 3 de fevereiro, 2 anos
Ah, pois é!!!
O tempo voa.
Sou lágrimas, solidão e dor,
mas também vou ainda conseguindo ser alegria, energia e força.
Obrigado pela visita
AH, caso queira espreitar,
tenho um post novo no meu blog
http://momentos-perfeitos.blogspot.pt/
Bom fim de semana.
Beijinhos
Porque somos tanto e tanta coisa ao mesmo tempo ... Onde será o nosso cume ?
Belíssimo!
Beijinho
um soneto muito nostálgico
beijinho
;)
É tão bom ler poesia...
É lindo este soneto e toda a leitura que nos proporciona aqui no seu espaço...
Bem ha-ja pelas partilhas.
Felicidades !!
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