IGNIS LATENS
Saiu obedecendo à sanha ímpia
Da fome que o prostrava, macilento,
Rosto cavado pelo sofrimento,
Um pobre... mal no céu rompera o dia.
Descera ao povoado e percorria
As ruas com olhar de desalento!...
Para a casa do pobre e do opulento
Olhava o pobrezito... e não pedia!...
Mas a fome devora-o... e ele, então,
A chorar em silêncio a sua dor,
Tremendo de a dizer... e ouvir um _ Não!
Eu também choro assim com amargor...
Ah! pois... amo-te tanto, coração!...
E receio dizer-te o meu amor!...
Manuel Lyrio
9 Comments:
"Quem tem fome não tem escolha. O seu espírito não vem de onde ele gostaria, mas da fome."
Abraço
Parece-me que este vai ser cada vez mais o retrato de um quotidiano que eu esperava livre e digno.
Que Revolta!
Bem-hajas!
Beijinhos
Um retrato de grande parte dos portugueses na actualidade.
Um abraço e uma boa semana
O Jardim agradece a visita e a opinião sobre as fotos.
A Isamar e a Elvira já disseram o que eu também diria sobre o poema. É uma realidade que, embora em poema, ela, realidade, não é nada poética.
Gostei de aqui vir.
...tão terrivel a fome do pão como a fome do amor...
brisas mansas*
puxa, que lindo. como falar de tristeza com beleza! toca o coração!
bjs
:)
Antes viver na fome do que morrer na incerteza.
Abraço!
Olá, boa tarde!
Obrigado pelo seu comentário, no meu blog.
Saudações poéticas
Belíssimo
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