UMA ERVA
Era uma vez uma erva, uma sózinha,
Que vivia sem água e sem calor;
Quem passava não via a pobrezinha,
E quem visse: pisava-a, sem amor.
O seu corpinho verde, que não tinha
Bebido a chuva nem o sol em flor,
Morreu: e a erva mísera e mesquinha,
Estendeu-se no chão, seca de dor.
Andava ali, n'aquela ocasião,
Um amoroso e noivo passarinho
Que construia o ninho com paixão.
E o destino da erva foi diverso:
Leva-a no bico a ave p'ra o seu ninho,
E dela faz a renda para o berço.
Afonso Lopes Vieira
Que vivia sem água e sem calor;
Quem passava não via a pobrezinha,
E quem visse: pisava-a, sem amor.
O seu corpinho verde, que não tinha
Bebido a chuva nem o sol em flor,
Morreu: e a erva mísera e mesquinha,
Estendeu-se no chão, seca de dor.
Andava ali, n'aquela ocasião,
Um amoroso e noivo passarinho
Que construia o ninho com paixão.
E o destino da erva foi diverso:
Leva-a no bico a ave p'ra o seu ninho,
E dela faz a renda para o berço.
Afonso Lopes Vieira
2 Comments:
Milagre é tudo aquilo que enche o nosso coração de paz.
Paulo Coelho
Bjs com carinho Naty
que belo...
o eterno recomeço
nada se perde
brisas doces**
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