domingo, junho 08, 2008

SONETO

Como esses bois que andam puxando às noras,
Em passo melancólico e ronceiro,
Sem alterar a marcha do ponteiro,
O meu relógio vai marcando as horas.

Quer no céu brilhem rutilas auroras,
Ou caia e morra o sol no mar fragueiro,
O tempo segue o curso rotineiro,
Sem paragens, sem pressas ou demoras.

Sómente quando o nosso olhar enxuto
Tem clarões de ventura fugidia,
Cada hora é mais curta que um minuto...

Mas nas horas de dor ou desengano,
Cada minuto dura mais que um dia,
E cada dia dura mais que um ano!

Alberto Bramão

8 Comments:

Blogger Isamar said...

"Mas nas horas de dor ou desengano,
Cada minuto dura mais que um dia,
E cada dia dura mais que um ano!"

Três versos que encerram uma grande verdade.

Desculpa a ausência, velho amigo. Tal como eu és um apaixonado pela poesia.

Beijinhos

8:36 da tarde  
Blogger mundo azul said...

Um belo soneto! Gosto muito de sonetos...Às vezes arrisco escrever algum...
Beijos de luz e uma semana feliz!

8:55 da tarde  
Blogger vieira calado said...

Não conhecia o poeta. O soneto está bem bom.
Cumpriments

2:44 da manhã  
Blogger Verena Sánchez Doering said...

querido amigo
un hermoso soneto, los versos siempre encantan
te dejo muchos cariños y que estes muy bien
mil gracias por tus saludos y tu compañia
mil besitos

besos y sueños

3:22 da manhã  
Blogger Marinha de Allegue said...

Non conhecia ao poeta, foi un pracer.

Apertasssssssss
:)

12:32 da tarde  
Blogger fgiucich said...

Una pequeña joya melancólica. Abrazos.

12:38 da tarde  
Blogger inominável said...

é o tempo urgente...

3:10 da tarde  
Blogger pin gente said...

é mesmo assim... mais que um ano.
abraço, manuel

10:17 da tarde  

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