EXISTÊNCIA
A única verdade que há no mundo
É eu ser a mentira permanente
De seguir num andar moribundo
Um saber de mim, descontente.
Ah, que vã gentileza, o amor profundo
Dar crédito a este sentir tão pertinente
Se o sol desaparece além, é poço fundo
E a luz da lua vem, e está tão ausente.
Mentira, é mentira tudo que me convém
Até no mar, aquela onda que me detém...
É mentira tudo...tudo que em mim sente...
Na mentira, só encontro enfim verdade
Que faz nascer em mim doce saudade
Existires!...teu existir jamais me mente!
Isa Cal
10 Comments:
Ola Manuel, tudo bem ?
As mentiras nos pega nos momentos em que acreditamos nas pessoas.
Doi muito, mas passa depois.
beijos a você e um lindo sábado.
Célia
La existencia, siempre serà un gran misterio para la humanidad, que tal vez tengan que pasar muchas generaciones para lograr entenderla o quizàs nunca se logre, ya que es un concepto propiamente del Creador.
Gracias por tu visita a uno de mis mundos De- propòsito.
Te dejo un abrazo super grande amigo
Agualuna
Peço desculpa pela minha ausência...mas às vezes a vida dá voltas inesperadas e o chão parece que nos foge... Torna-se necessário “recolhermo-nos” um pouco, fugir do mundo e fazer uma introspecção profunda. É isso que tenho feito e por isso não te tenho vindo visitar...
A verdade é que me sinto no meio das trevas, onde sorrio à vida, como se conhecesse a fórmula mágica que transforma o mal e a tristeza em claridade e em felicidade. Então, procuro uma razão para esta alegria, não a acho e não posso deixar de rir de mim mesma. Creio que a própria vida é o único segredo...
Quando estiver mais...animada...voltarei aqui...
Beijinhos e desculpa
Olá Manuel! Estive viajando e saudosa dos blogs que adoro, como o seu, onde encontro belas e encantadoras poesias.
Ótimo fim de semana. Bjs
Muito bonito esse soneto! A vida parece um mistério, mas mesmo que seja, temos que vivê-la. E já que temos, vamos vivê-la bem. Desculpe-me, mas tive de fazer um novo post hj, tão perto do anterior, porque essas resenhas serão publicadas pela USP dentro em breve, então tenho que correr. Peço a sua compreensão e que vc ponha um comentário, caso contrário não haverá publicação.
wwwrenatacordeiro.blogspot.com/
não há ponto depois de www
Um beijo,
RENATA MARIA PARREIRA CORDEIRO
Aentira não me convém...
Manu, este é um sonetoque nos faz pensar. Será que encontramos verdade na mentira?
Tem um feliz domingo
Olá!
Antes de mais, obrigado pelos seus comentários no meu blog. Visitei o seu e gostei. Nutre um grande prazer pela poesia, como já constatei.
Permita-me uma consideração pessoal sobre a "verdade". Diria que depois de todas as mentiras terem sido contadas e esquecidas, a verdade perdura ainda. Não anda a fugir de um lado para o outro e não muda com o passar do tempo. É impossível corrompê-la, assim como é impossível salgar o sal. É impossível corrompê-la porque é pura, sem adornos.
Um bom domingo para si!
Kikas
A vida não é uma mentira, a vida é o que fazemos dela e por nós mesmos.
O tema desse poema faz-me lembrar Fernando Pessoa. Ele também foi muito pessimista e com o heterónimo Álvaro de Campos mostrou angústia existencial.
Beijo *
Muitobonita esta poesia, não conhecia. Tenho pavor à mentira...
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