HORA NEGRA
Quando eu morrer, Amor, não tenhas pena.
Há-de acabar de vez esta agonia
Que sem cessar minha alma desfazia
No lento corroer duma gangrena.
Quando findar a vida que envenena
E para mim nascer o eterno dia;
Quando for como a neve branca e fria
A minha pele ardente de morena;
Quando deixar o mundo onde não vivo,
Então minha alma livre, sossegada
__Quando mais nada já houver de mim__
Será como o perfume doce e esquivo
Que se evola da flor já desfolhada
Na calma luarenta dum jardim...
Maria Helena Duarte de Almeida
Há-de acabar de vez esta agonia
Que sem cessar minha alma desfazia
No lento corroer duma gangrena.
Quando findar a vida que envenena
E para mim nascer o eterno dia;
Quando for como a neve branca e fria
A minha pele ardente de morena;
Quando deixar o mundo onde não vivo,
Então minha alma livre, sossegada
__Quando mais nada já houver de mim__
Será como o perfume doce e esquivo
Que se evola da flor já desfolhada
Na calma luarenta dum jardim...
Maria Helena Duarte de Almeida
11 Comments:
Excelente soneto, a lembrar Florbela...
Um abraço.
Será como o perfume doce e esquivo
Que se evola da flor já desfolhada
Na calma luarenta dum jardim...
Lindo, adorei obrigado pela visita no meu blog espero que volte de novo, bjs
Fermoso soneto. Moi agradecida pola visita ao meu espazo.Volta sempre que gustes.
Unha aperta.
:)
Excelente poesía,eu gostei muito.
Visito por primeira vez. Saudos desde Espanha.
anamorgana
Um belo poema.
Evoca a tranquilidade de um certo eu, aquando da morte do sujeito lírico. Acho que isso deveria também acontecer connosco. É sempre dura a perda de alguém querido, mas ao partir deste mundo, é um consolo termos a ideia que a sua alma está em bom sítio.
Beijinho Manuel *
Bom fim-de-semana.
adorei o poema, obrigada pela visita vou adicionar este blog aos meus links
um beijinho
Soneto triste Manu!
Traduz a dor lasciva que corrói a alma, como se a vida fosse apenas uma agonia...
Um beijo
ESTIMADO MANUEL ANTE TODO GRACIAS POR VISITAR MI BLOG Y COMO DECIS VOS LA POESIA SIRVE PARA EL CORAZON Y LLEGAR A LO MAS RECONDITO DE NUESTRA ALMA. EN CUANTO AL SONETO QUE PUBLICASTE ME PARECE SENCILLAMENTE HERMOSO Cuando sea como la nieve blanca y fría Mi piel ardiente de morena; Cuando dejar el mundo donde no vivo, Entonces mi alma libre, sossegada __Cuando más nada ya haya de mí__
Talvez essa hora não seja tão triste e nem tão negra.
Meu amigo querido.
Não gostei do sentido da poesia. Não gosto de coisas tristes. E esta poesia é triste.
Fala em vida... fala em hora de alegria e felicidade.
Entrega-te à brisa da manhã... olha as flores que fotografas... são lindas, né?
Elas te embelezam e alegram a vida.
Olha... olha ao lado... à frente...
Escuta... o cantar dos pássaros...
Sente o orvalho...
Percebe teus pés no chão... olha como se movem.. e te levam ao lugar que queres...
Sê feliz!
Beijos ternos
Miriam
E não é que este poema me fez lembrar Ricardo Reis??
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