ANTÓNIO FEIJÓ
A UMA MULHER FORMOSA
Nas límpidas canções que me inspiraste
ao som da flauta d'ebano cantadas,
narrava as minhas mágoas desoladas,
mas tu não me escutaste!
Depois compus estâncias primorosas,
que lêste em carinho e sem ternura,
lançando ao rio as páginas formosas
onde eu cantava a tua formosura.
Quis ser então mais fino e mais amável:
dei-te um presente fabuloso e raro,
uma enorme safira comparável
a um céu nocturno imensamente claro.
E em paga d'essa joia deslumbrante,
d'esse primor, d'uma riqueza louca,
mostraste-me, sorrindo um só instante,
as pequeninas pérolas da boca.
António Feijó
http://pt.wikipedia.org/wiki/António_Feijó
ao som da flauta d'ebano cantadas,
narrava as minhas mágoas desoladas,
mas tu não me escutaste!
Depois compus estâncias primorosas,
que lêste em carinho e sem ternura,
lançando ao rio as páginas formosas
onde eu cantava a tua formosura.
Quis ser então mais fino e mais amável:
dei-te um presente fabuloso e raro,
uma enorme safira comparável
a um céu nocturno imensamente claro.
E em paga d'essa joia deslumbrante,
d'esse primor, d'uma riqueza louca,
mostraste-me, sorrindo um só instante,
as pequeninas pérolas da boca.
António Feijó
http://pt.wikipedia.org/wiki/António_Feijó
20 Comments:
Linda essa poesia de Antonio Feijó. Não conhecia. Bela escolha.
Beijos de nova.
Casi, casi o entendo todo
Preciosas verbas
Un Bico ( Beijos) desde Lugo ( Galicia)
Manuel!
Quando amamos, embora estejamos com os olhos marejados de lágrimas, causadas por nosso amor, quando este amor chega perto de nós, nosso sorriso se abre. Não precisam jóias raras... nem atos heróicos... A própria atitude de se achegar nos enternece. As lágrimas secam, as dores passam e entregamos o brilho do olhar, que ficou límpido pelas lágrimas derramadas, como luz para o caminho a ser percorrido pelos dois.
Quem ama, caro amigo - mas quem realmente ama - não exige nada... perdoa atitudes passadas... não exige jóias raras... que, por vezes, podem melindrar áreas do ser amado...
Quem ama, Manuel, ama... simplesmente ama... e o sorriso se faz presente a cada olhar trocado.
Bjos
Miriam
quantas histórias não se escrevem assim?
sem sorrisos e com jóias?
um beijo
António Feijo, grande poeta!
Querido Manuel:
"sorrindo um só instante"
asi é as vezes só temos pequenos instantes recebidos que alumiam nosso existir .
Precioso texto e ao mesmo tempo doloroso.
Graças pelas fotografias são bellísimas.
Um forte abraço.
Amigo,
Bela poesia! Cheia de emoção.
Obrigada pelas palavras no meu cantinho. As fotos são do Penedo Durão, miradouro que fica perto de Freixo de Espada à Cinta é lindíssimo!
Posso adicionar-te ao meu cantinho de amigos? gostei muito do teu blogue.
:-) um abraço
Gostei imenso da poesia...
Beijo que fica...
Hasta donde puede un hombre convertir a una mujer... en una musa exhuberante, en una diosa de sueños, en palabras suaves....
Bello poema mi querido amigo.
Te abrazo fuerte :)
Há quanto tempo não lia António Feijó. Obrigada pela partilha.
Vim deixar um olá e encantei-me com este poema!
deixo um beijo
Ola Manuel, tudo bem ?
Uma otima tarde, a você.
Bela poesia.
Célia
Muy lindo poema.
Cariños para ti desde mi mar.
mar
uma mulher formosa, sem duvida! tão formosa quanto as palavras deste magnífico escritor.
um beijo
Hola de-propósito.
Gracias por visitar mis mundos de agua y aunque no entiendo mucho el portugués, el poema en tu post, define con dulzura infinita ,lo que es una mujer...una Diosa Hermoso!!!!
Besos en el agua , querido amigo
Manuel... esta elegante colección de poemas merece algo.
Ojalá y te agrade lo que te he dejado en mi blog... besitos,
Ao menos teve um sorriso...
Manu, deixo-te um beijinho de boa noite
Que poesia gostosa!
boa escolha, Manuel.
beijos
Qué linda poesía. Leo y trato de comprender (no es tan difícil). Es realmente preciosa.
Un abrazo desde Buenos Aires!
Caro Poeta, caro amigo e conterrâneo!
Desde menino que me envolvem teus poemas e tua história tão linda de diplomata ilustre. Fui teu companheiro nos assentos de tua estátua aquececidos pela tua presença e pelo Sol das manhãs frias de inverno de Ponte de Lima! Lia e relia "...É que das terras que tenho visto, por toda a parte por onde andei, nunca achei nada tão imprevisto, terra mais linda nunca encontrei"
Sempre na minha alma um estranho mas bonito sentimento.
Fonseca Lima
www.limiano41.blogspot.com
Enviar um comentário
<< Home