TRABALHO
Não sei o que atrai para teu seio
Se és quem me martirisa e faz sofrer.
Sinto que te adoro, e te odeio,
Não te quero e sem ti não sei viver
Tu és cruel e meiga como o vento
És miséria, fortuna, agonia.
Queria nunca te ter no pensamento
Mas só pensando em ti sinto alegria
És sim o timoneiro do meu destino,
Eu sou no mar da vida peregrino
Que esmola os teus favores, se desejares.
Ter-te sempre nos braços bom seria!
Mas ficarão parados sem valia
Se tu trabalho um dia, me faltares.
Sebastião Mateus Arenque
7 Comments:
Manuel, bom dia.
Que poema mais interessante! Enanou-me direitinho, apesar do título.
Muito bonito e bastante original.
beijos
Manuel, como sempre uma boa escolha.
Deixo um beijinho de bom fim de semana
Que poema interessante!Cheio de duplo sentido, mesmo depois de sabermos o título...
bom fim-de-semana*
Ainda agora voltei de férias e já não posso ouvir falar da palavra "trabalho"!!! Eheheh
Un soneto muy bello, en la tersa musicalidad del idioma de Pessoa.
Saludos....
Não sei o que atrai para teu seio
Se és quem me martirisa e faz sofrer.
Sinto que te adoro, e te odeio,
Não te quero e sem ti não sei viver
......
Ay! que podo facer co que non podo ter, e tampouco vivir sen elo!
como diría pessoa
"No quiero rosas mientras haya rosas
Las quiero cuando no las pueda haber
¿Que he de hacer con las cosas
q pueda cualquier mano coger?"
ainda que tampouco é así, xa que non desexo so o que non podo ter e se o tenho esvaiuse o desexo...o que desexo non é antollo, e se o tivese daríame a vida
sonche sonhos, utopías
Otro soneto hermoso que disfruto leer en tus espacios.
Saludos....
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